quarta-feira, 27 de março de 2013

OS BRUZUNDANGAS (Lima Barreto)


Os Bruzundangas é um romance de Lima Barreto, escritor pré-moderno que fala da Bruzundanga é um país de ficção, localizado nas zonas tropical e subtropical, é um lugar muito parecido com o Brasil, onde se encontra, elites pouco cultas dominando e explorando o povo. Desta forma, o narrador que é um brasileiro que morou uns tempos nesse país, vai fazendo de forma satirizada uma crítica a todas as organizações institucionais e algumas pessoas desse país. 
Logo no início da obra, o narrador faz referência à arte de furtar, seguindo sua narrativa crítica contra os samoiedas que é uma escola literária do país que só valoriza o cânone literário, deixando de lado a literatura oral e copiando hábitos e comportamentos de outros lugares que nada se enquadram com o país, como ocorria com a literatura brasileira da época. 
Neste país, as pessoas valorizam muito os títulos de nobreza, que está dividida em dois grupos: os doutorais e os palpites, assim chamados porque todos querem ser doutores a qualquer preço, ainda que seja através do palpite de ter sido nobre, para dessa forma poderem usufruir das vantagens sociais que apenas esse grupo desfruta. 
Na Bruzundanga, todos que exercem o poder se beneficiam dele de alguma forma e assim, segue o narrador estrangeiro fazendo a crítica a todas as instâncias sociais como a política; a economia confusa que destrói a riqueza do país, que é dominada pelos cafeeiros da província de Kaphet. 
Critica a legislação, a Constituição, baseada na de um país visitado por Gulliver, tem uma lei que diz que se a lei não for conveniente à situação ela não é válida, os presidentes, que são chamados de Mandachuvas, assim como os ministros, os heróis e os deputados; também critica o processo democrático que é corrupto; a ciência através da medicina; o exército e a política internacional. 
Percebe-se na obra, as semelhanças com o Brasil do passado e ainda mais agravado nos dias atuais.
Extraído de :www.netsaber.com.br/resumos

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